segunda-feira, 13 de agosto de 2007

De volta ao mundo real

Desliguei o despertador, me arrumei e a Anja nem se mexeu da cama. Passei a mão por seus cabelos e ela resmungou, deixei-a como estava. Escrevi um bilhete e deixei em cima do criado-mudo. Eu precisava ir para o trabalho. Tinha uma reunião "importantíssima" (esses negócios "importantíssimos" estão começando a me entediar - assim que puder, largo tudo que estou fazendo e começo qualquer outra coisa que faça mais sentido).

Pensei em passar na floricultura da Anja (ela tem uma floricultura, vive no meio das flores e também gosta de mim, que sou violeta ;-) para tentar explicar aos seus funcionários que ela não iria trabalhar hoje por problemas pessoais, mas achei que não devia. Então, não fiz. Ela saberia o que fazer depois.

Deixei uma cópia da chave do apartamento sobre o bilhete e saí. Fui até a padaria da esquina tomar um suco e comer um pão na chapa antes de ir para o trabalho.

Na hora do almoço, liguei para casa. E depois para o celular da Anja. Ela estava na casa do Dr. Fritz. Pela voz dela, as coisas pareciam estar melhorando. Fiquei um pouco mais tranqüila. Mas ainda sinto que devo conversar direito com ela. Saber o que ela sente a respeito de tudo e talvez ajudá-la a ver o que é melhor para ela nesse momento. Às vezes a crueza do amor me choca. Como é possível ela amar tanto alguém que a deixa em frangalhos? "É só o amor que conhece o que é verdade", já cantava algum poeta. Então tudo bem, eu não vou discutir. Mas se fosse comigo, ah... se fosse comigo! Eu diria: "Sinto muito, mas não estou conseguindo te ajudar, aliás, nem mesmo você consegue se ajudar. Estou caindo fora. Estou cansada. Tchau". Mas a Anja. Ah... ela é um anjo!


Um comentário:

Unknown disse...

Gostei do seu blog novo!
Beijos!