domingo, 18 de novembro de 2007

Caçadora de emoções

Continuo saindo com o Juca vez ou outra. Acho que ele está conseguindo se aprimorar na arte do sexo oral... pelo menos, me leva ao delírio. Gosto dele e dos momentos que passamos juntos, mas sinto receio de que ele se apegue demais. Embora eu tenha deixado claro desde o início que não quero nada sério, às vezes sinto que ele espera algo mais de mim e eu não queria que ele se machuasse - é uma pessoa muito bacana. Estou numa fase um pouco complicada. Acho que queria alguém, mas não queria abrir mão das oportunidades que busco ou que surgem. Por enquanto, está difícil abrir mão de várias coisas em prol de algo (supostamente) maior e melhor.

O P. (Professor) chegou a me convidar para sair, mesmo depois de termos conversado que eu não queria mais. Acho que nos momentos de carência, ele me ligava e ficava falando sacanagens no telefone. No começo, quase cedi, mas depois, achei que não valia a pena. Os alunos que estão com média na matéria dele, foram dispensados. Os que não foram, precisam freqüentar as aulas e fazer alguns trabalhos complementares e mais uma prova final. Fui dispensada. De certa forma, pensei que ele fosse me reter, uma represália à minha recusa sexual, mas não, ele foi justo. Me manteve com as notas que tirei e não preciso mais assistir às aulas dele.

Na semana que passou, não lembro exatamente se quarta ou quinta, fui falar com uma professora, perguntar se ela poderia me ajudar com umas pesquisas que estou fazendo (por vontade própria) sobre Safo. Essa professora me emprestou um livro e uma revista e comentou que a "profª L." poderia me ajudar com mais algum material. Parece que, entre outros assuntos, a L. usaria pesquisas sobre Safo em sua dissertação de mestrado, mas isso acabou não entrando, embora ela tenha pesquisado sobre o assunto. L. é a esposa do P., minha "musa inspiradora", lembram? Me surpreendi. Fiquei com receio de ir até o gabinete da L. e pedir material emprestado, sendo que nem a conheço direito. Fiquei com receio de me entregar. Dormi com o marido dela e ainda vou pedir coisas emprestadas! Quando fui sair do gabinete da professora que me ajudou, ela também estava saindo, eu tencionei ir em uma direção e ela comentou: "O gabinete da L. é do outro lado..." (como se eu não soubesse). Não teve jeito, tive de ir lá falar com a L. Ela foi muito simpática, me emprestou dois livros em inglês, um em português e um em espanhol. Disse que tinha vários artigos em português, mas em versão eletrônica, que poderia me mandar por e-mail. Eu quis e ela não demorou a me enviar.

Não sei se viajo, mas fiquei pensando se o fato de ela ter pesquisado Safo teria a ver com algum desejo lésbico oculto / explícito (?!). Bom, a única coisa que sei é que quis beijá-la. Era muito sexy o jeito que ela falava sobre coisas das quais eu não tenho muita noção. Queria dar prazer a ela na cama. Fiquei pensando essa porção de bobagens, não consegui me concentrar muito no que ela disse - eu ia e vinha. Um dia, quem sabe. Dizem que se a gente mentalizar os desejos, eles acontecem. Eu a mentalizo quase todos os dias: "venha até mim, venha até mim...". Um dia, talvez aconteça. Por enquanto, as fantasias me bastam.

Nesse dia, quarta ou quinta, voltei para casa, tomei banho, caí na cama, e não conseguia dormir. Me toquei, imaginando a L. em minha cama, nua, lendo poesias da Safo, enquanto eu me enfiava entre suas pernas, acariciando e beijando cada centímetro de suas pernas até chegar à gruta já úmida e pulsante. Chegou uma hora em que ela não conseguia mais ler, pois a leitura se misturava aos seus gemidos, então ela deixava o livro de lado e se entregava a mim. Abri suas pernas e lambi-a muito, penetrando a ponta da língua em seu sexo... penetrei-a com os dedos, vi o grelinho vermelho e cada vez mais intumescido com minhas carícias... até que ela gozou em minha boca e eu também. Depois disso, puxei o edredom e consegui adormecer, feliz.


domingo, 28 de outubro de 2007

Da cintura para cima

Andei meio introspectiva, sem vontade de escrever, e não queria escrever qualquer coisa, mas hoje queria registrar uma experiência que me marcou profundamente.

Conheci o Juca num chat há algum tempo. Ele estava com o nick "Paraplégico" e puxou papo. Eu estava com algum nick escancaradamente lésbico e ele perguntou algo sobre sexo oral, se eu já tinha gozado só com sexo oral, ou algo assim. Respondi o que ele queria saber e continuamos conversando. Mantivemos contato e almoçamos juntos algumas vezes, antes de chegarmos aos finalmentes de hoje.

No chat, ele comentou que havia sofrido um acidente de carro há muito tempo e por isso tinha ficado paraplégico, que só tinha sensibilidade da cintura para cima. Perguntei várias coisas nesse dia (tenho uma curiosidade quase infantil, que às vezes chega a ser até irritante para quem ouve), se ele tinha ereção, se ele já tinha tido experiências com mulheres, se ele se tocava, se isso, se aquilo. Ele disse que ficava de pau duro, mas não sentia nada e não sentiria nada caso penetrasse uma mulher. Comentou que, embora não sentisse nada, ele queria dar prazer à mulher com quem ele saísse, por isso ia se aprimorar no sexo oral. Bom, só por isso já ganhou vários pontos comigo. Gosto de pessoas que se importam com os outros, com o prazer dos outros, de pessoas que se doam.

É uma pessoa muito bacana, inteligentíssima, ótimo humor, não sente pena se si mesmo e é muito verdadeiro.

Bom, indo aos finalmentes: depois do barzinho, viemos aqui em casa (ele dirige um carro com adaptações e fez questão de me pegar aqui, não quis que eu fosse até a casa dele com o meu carro). Agradeci mentalmente por meu prédio ter elevador, caso contrário, não sei como subiríamos, pois ele usa uma cadeira de rodas. Já estávamos meio alegres, mas abri um vinho e fomos para o quarto. Eu estava um pouco tensa - pelo que eu havia entendido, eu seria a primeira mulher que ele teria na cama e eu queria que fosse especial para ele, mas não sabia como faria isso. Ele parecia um pouco constrangido, talvez por não ter o controle da situação (ele, o Homem, o macho, não poderia me "dominar" - se bem que, de qualquer forma, eu não deixaria que isso acontecesse mesmo! eu é que domino, SEMPRE! hahaha), então me levantei da cama e me aproximei mais dele, peguei uma de suas mãos e fiz com que ele acariciasse meus seios por cima da blusa, enquanto o beijava - boca, rosto, ouvido, pescoço...

- Vou te vendar... - sussurei em seu ouvido, entre beijos e lambidas. Ele consentiu. Peguei uma echarpe que estava pendurada no biombo próximo ao espelho e vendei-o. Continuamos nos beijando e ele acariciando meus seios, agora por baixo da blusa, que logo tirei. Pedi para ele desatar o sutiã para mim - ele me dissera que era um fetiche dele (que meigo!). Continuou me acariciando... meus seios, pescoço, rosto e cabelo... quando sussurre:

- Quer sentir como estou molhadinha?

Então ele tateou o ar até se deparar com meus joelhos nus, subiu minha saia, acariciando as minhas pernas e enfiou a mão dentro da minha calcinha. Pouco tempo depois, vi o volume dentro de sua calça aumentar, acariciei-o, mesmo sabendo que ele não sentiria nada. Fiquei de frente para ele e debrucei sobre ele, já sem saia, só de calcinha e sandália de salto. Afrouxei seu cinto, puxei a camisa para fora da calça e comecei a desabotoá-la, enquanto passava a mão por seu corpo. Quando eu o acariciava da cintura para cima, ele se arrepiava... e meu desejo só aumentava.

- Agora vamos para a cama... vou te levar para a cama... e você vai gostar... - sussurrei.

Ajudei-o a subir na cama, ainda vendado, e, logo que ele se ajeitou, fiquei por cima. Beijei-o muito e retribuí carícias. Eu sentia seu pau sob a calça roçando minha xana molhada dentro da calcinha. Ele quis tirar minha calcinha, eu ajudei. Me masturbou de leve com uma mão, enquanto a outra acariciava minha coxa. Tirei a venda dele e ele me pareceu mais excitado logo que me viu nua. Me conduziu para sua boca e começou a me lamber e chupar, fazia bem devagar, como se já tivesse feito aquilo milhões de vezes... era muito bom. Depois de um tempo, gozei. Em seguida, baixei sua calça, tirei seu pau para fora da cueca/calça e comecei a chupar - queria que ele visse o que eu estava fazendo. Ele gozou, mas não deve ter sentido nada. Ele ainda estava sentado quando me sentei de frente para ele (em cima dele), com as pernas abertas. Me tocou de um jeito muito bom; não demorei a gozar novamente. E ficamos mais ou menos nisso por algumas horas, até ele ir embora agora pouco.

Muito válida (e gostosa) a experiência!


sábado, 8 de setembro de 2007

O cowboy, a garota de programa e eu - Parte II

O cowboy destravou as portas e ela entrou pela porta traseira.

Seu nome era "Melanie" e parecia simpática. Expliquei que queríamos que ela fizesse um strip no motel, para nós dois, e, depois, o cowboy a comeria, enquanto eu ficaria só olhando. Ela não teria que fazer nada comigo. Ela disse que o valor, no caso, seria o mesmo. Eu disse que tudo bem.

Passamos em um caixa eletrônico para tirar dinheiro e depois fomos ao motel "de sempre" que, ao contrário do que eu pensava, quase não tinha clientes. Melhor para mim, pensei. Quanto mais discrição, melhor.

Entramos no quarto e deixamos só as luminárias, que ficavam perto da cabeceira da cama, acesas. O cowboy disse que ia tomar uma ducha e pediu para que a Melanie não começasse o strip antes de ele voltar. Sentei na beira da cama, ela sentou em uma poltrona que estava quase na minha frente, e cruzou as lindas pernas, com um ar de cansaço. Parecia ter uns 25, 26 anos, estava de botas de salto, mini-saia e uma blusa quase transparente. Tirei a sandália que já apertava os meus pés e quis falar qualquer coisa, sem saber o quê.

- Vocês são namorados? - perguntou ela.
- Não, somos só amigos.
- Só sexo e amizade?
- É por aí... - respondi, sorrindo.
...
- Você já transou com mulheres? - perguntou, me olhando com curiosidade.
- Já... gosto de mulheres também...

Não sei se ela percebeu que o cowboy estava preste a sair do banho, mas veio se sentar perto de mim. Começou a me beijar e acariciar minhas pernas. Não ofereci resistência. Quando o cowboy chegou, só com uma toalha enrolada na cintura, estávamos nos beijando e nos acariciando, ainda de roupa. Perguntou se podia participar da brincadeira. Ela fez com que ele se sentasse perto de mim e começou a fazer o strip. Rebolava muito, e jogava o cabelo de um lado para o outro, enquanto passava a mão por seu próprio corpo. Depois de um tempo, ficou só de sutiã, calcinha e botas. Tinha um corpo muito bonito, a pele muito alva, que contrastava com a lingerie vermelha. Chegou perto de nós, pediu para que eu abrisse seu sutiã, abri, e ela se afastou. Depois se aproximou novamente e pediu que o cowboy a ajudasse a tirar sua calcinha; ele quis tirar rápido, mas ela pediu: "devagar...", e ele obedeceu. Depois se afastou de novo e tirou as botas de um modo muito peculiar: de costas para nós, colocou um pé sobre a poltrona e se debruçou sobre a própria perna para abrir o zíper da bota, então pudemos vislumbrar boa parte de seu sexo. Repetiu a cena ao tirar o outro par de botas. Neste momento o cowboy, que já estava visivelmente excitado, levantou-se e abraçou-a por trás. Ficaram dançando juntinhos, entre amassos e beijos. Não pude deixar de comparar esta cena a uma dança do acasalamento.

Depois vieram para cama. O cowboy tirou a minha roupa. Fiquei só de calcinha e sutiã. Não queria participar, só olhar. Ficamos nos beijando e nos acariciando, enquanto a Melanie o chupava. Quando ele estava mais duro, trocou a camisinha e começou a cavalgá-lo. Depois trocaram de posição, ele a quis de quatro, na beira da cama. Beijei-a e ela pediu para que eu a tocasse enquanto o cowboy a comia. Obedeci. Senti seu grelo inchado e, às vezes, meus dedos tocavam o pau do cowboy, o que parecia excitá-lo ainda mais. Ele não demorou a gozar. E ela, provavelmente, não gozou, mas ele pareceu não se importar. Não pude deixar de pensar que, se fosse eu, me importaria. Pelo menos, até onde sei, me chateia o fato de ter sido só eu a gozar numa relação a dois. No entanto, não sei se o fato de ela ser garota de programa mudaria a minha forma de encarar as coisas.

Já eram quase três horas quando terminamos de nos vestir. Pagamos a Melanie (rachamos o honorário dela) e ela perguntou se o cowboy poderia deixá-la perto da casa dela, pois não iria mais trabalhar. O cowboy acertou a conta do motel e saímos. Deixamos a Melanie na porta do prédio onde morava, e, depois, o cowboy veio me deixar em casa. Nos despedimos com um beijo bem gostoso (ele beija muuuuuuito bem) e ele se foi. Eu estava cansada demais para convidá-lo para subir. Além disso, meu apartamento está parecendo um "mundo paralelo" de tão bagunçado... mas amanhã dou um jeito em tudo.


O cowboy, a garota de programa e eu - Parte I

Eram quase 23h ontem, quando o cowboy (apelido que algumas amigas deram a ele, quando contei que ele gostava de rodeios e de se vestir a caráter) me ligou. Eu estava em casa, lendo. Amigos haviam me convidado para ir à praia, mas não estava com ânimo, minha família (pais, irmão e cunhada) estão em Bonito-MS, para onde eu também não quis ir, pois estava muito cansada e provavelmente voltaria de qualquer uma dessas viagens mais cansada ainda. Eu precisava estar só. E falei isso ao cowboy.

O cowboy é irresistivelmente gostosinho. Apesar de não termos muito em comum (rodeio não é exatamente a minha praia), continuamos mantendo contato. Nos conhecemos numa dessas salas de bate-papo, num dia em que os dois estávamos carentes e saímos algumas vezes. Bonitinho e gostosinho - é como eu o definiria se alguma das minhas amigas quisesse sair com ele.

Insistiu tanto que eu cedi. Pedi um tempo para trocar de roupa e me arrumar. Perguntei se iríamos direto ao motel ou se ele queria "enrolar" um pouco, em algum lugar, antes. Ele ficou em silêncio do outro lado da linha, deve ter ficado embaraçado com a minha "sutileza"... hahahaha... pedi desculpas por ser direta (na maior parte do tempo costumo ser objetiva e direta, não gosto muito de rodeios - literal e subjetivamente). Ele comentou que gostaria que déssemos um passeio de carro pela cidade antes. Por mim, tudo bem.

***
Paramos em um barzinho. Ficamos conversando sobre trabalho, amigos, sexo. Eu já estava um pouco alterada quando ele perguntou se eu estava a fim de realizar "aquela" fantasia. Me fiz de desentendida e perguntei: "qual delas?".

- A do strip.

Ah, claro. A do strip. Ontem eu estava indiferente. Para mim tanto fazia, mas como ele parecia excitado com a idéia, falei que poderíamos passar pela "av. da putaria" para ver se encontrávamos alguma menina do nosso gosto. E fomos.

Não sei exatamente por quê, mas me senti constrangida ao passar por ali. Vi várias meninas que pareciam ter, no máximo, 14 anos. Com 14 anos eu nem tinha idéia do que era sexo. Senti uma angústia. Estava perdida em mim, quando o cowboy parou o carro, baixou o vidro e esperou que a garota perto do poste viesse até ele. Era uma garota bonita, branca, cabelos ruivos e lisos. Pergutou quanto era o programa, ela disse que R$ 200 para casal, por uma hora e meia, e o cowboy começou a barganhar. Me senti mal, talvez por eu também pertencer à condição feminina e me colocar no lugar dela, e pedi para ele parar com aquilo. Olhei para ela e disse que a gente pagaria os R$ 200. Se ele não pagasse, eu pagaria. O cowboy ficou olhando para mim, surpreso, e perguntei se ele tinha gostado dela, ele fez que "sim" com a cabeça, então eu falei para ela entrar no carro.


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Ponto de mutação

De repente, tudo me encheu. Liguei para o P. e disse que não queria mais vê-lo. Às vezes eu tenho raiva de como os homens, em geral, demoram a amadurecer. De repente, percebi que isso que temos é nada. E eu não quero continuar tendo nada. Resolvi deixar pra lá. Não, não brigamos nem nada. Só fui sincera com ele, disse que não queria mais. Simples assim, como as coisas devem ser. Uma pequena angústia e só, logo eu estava feliz de novo.

Muito mais angustiante foi isto: no fim de semana passado, morreu uma amiga de infância. Um amigo em comum me ligou. Eu não queria ir ao enterro. Fiquei muito mal e não gosto que me vejam frágil. Foi como se boa parte da minha infância tivesse ido com ela, não sei explicar. Não ligo para convenções sociais, mas refleti um pouco e achei melhor ir. Ela me considerava muito, a família dela me considera muito (mesmo eu não sendo exatamente um exemplo de pessoa). Porra de leucemia.

Talvez, inconscientemente, ela tenha sido o meu primeiro amor. Às vezes penso que a minha atração por mulheres foi despertada por ela. Entre vários tipos de brincadeira, lembro que gostava de penteá-la. Ela era filha única e tinha um quarto lindo, todo rosa, com uma mini-penteadeira perto da cama; eu gostava quando ela se sentava diante do espelho e me olhava através dele, buscando o meu olhar, a minha expressão, e eu começava a penteá-la. Cabelos longos, claríssimos. Era prazerosa a sensação quando ela fechava os olhos e demonstrava prazer com o carinho que estava recebendo. Não era prazer sexual, era outra coisa que até hoje não sei explicar. Em duas ou três oportunidades, tomamos banho juntas. Do meu desejo de tocá-la sob a água ela nunca soube. Estudamos juntas algumas séries no colégio e éramos vizinhas. Durante a faculdade, continuamos nos falando, mas nossas vidinhas já eram outras e perdemos um pouco o contato. Mesmo tendo se tornado uma pessoa completamente diferente de mim e do que éramos quando crianças, eu tinha um carinho imenso por ela.

A sensação de que a vida é curta e que é preciso aproveitar tudo ao máximo foi inevitável.

Saudade.


domingo, 19 de agosto de 2007

História do arco-da-velha

Aconteceu na terceira ou quarta vez em que fui a uma boate GLS. Nas primeiras vezes, não me senti à vontade, mas na terceira ou quarta, já me senti praticamente em casa. O fato de as pessoas se pegarem ao longo dos corredores e dentro dos banheiros já não me impressionava mais e o modo com que as drags animavam o ambiente era contagiante!

Altas horas da noite e meus amigos gays (meninos e meninas) já tinham arranjado pares e eu continuava sozinha. Dancei tanto que meus pés doíam; aí da pista, peguei algo para beber e fui me sentar à uma mesa que ficava mais ao fundo. Depois de um tempo, uma pessoa veio e se sentou ali perto (havia um tipo de sofá contínuo e as mesas ficavam na frente desse sofá). Olhei para o lado e ela era linda! Loira, branquinha, braços à mostra... Quando olhei para ela pela segunda vez, ela me encarou e perguntou se eu estava acompanhada e se podia se sentar comigo. Claro que podia.

Começamos a conversar e quando perguntei se ela tinha namorado ou namorada (estando numa casa GLS, nunca sabemos do que a pessoa gosta...), ela disse que não, que estava cansada de homens e de "paus" (usou esse termo mesmo), e que, de "pau", já bastava o dela. Fiquei muda e sem graça na hora. Perguntei se ela trabalhava ali ou se estava com amigos. Ela disse que já havia trabalhado ali, e que de vez em quando freqüentava o lugar para rever amigos. Perguntou se eu já tinha ficado com "alguém como ela" e eu disse que não. E ela continuou: "E não tem vontade?". Beijei-a. Durante o beijo, ela guiou minha mão para dentro de sua calça, devidamente desabotoada e com o zíper aberto... (para os curiosos, sim, ela usava calcinha! e rendada!) Caprichei na punheta até que ela gozasse e depois fomos ao banheiro porque eu queria lavar a mão. Continuamos nos acariciando dentro de um dos banheiros (eu estava muito excitada e queria que ela me comesse ali mesmo), mas tivemos de sair porque as pessoas ficavam batendo na porta.

Era excitante estar com uma pessoa "transgênera". Feminino e masculino. Ying e yang. Membro fálico e mãos de fada. Dualidade. Seu toque era mais feminino que masculino; sua pele era muito macia, a textura era diferente da pele masculina. E me tocava como a maioria das mulheres me tocaria, com suavidade e pensando primeiro no meu prazer.

Pouco tempo depois, tive que ir embora porque o grupo de amigos com quem fui tinha que acordar cedo no dia seguinte (era domingo e todos trabalhávamos na segunda). Peguei seu telefone, mas nunca liguei.

Desde que a conheci, tenho vontade de ficar com "alguém como ela" até o fim. Dois sexos num corpo só. E muitos prazeres transpassando nossos corpos.


Mais do mesmo

Só para que a história da Anja não fique reticente: conversamos muito na sexta. Ela vai tentar resolver a vida dela e do F., só mais uma vez. Comentou que estava cansada, mas queria ver seu amor livre das drogas, livre para ser feliz e quando isso acontecesse, ela também ficaria feliz e pronta para seguir o caminho dela (com ele ou não).

Quanto a mim, continuo na mesma.

Passei vontade dia desses. O P. não pôde me encontrar, por um motivo ou outro. Estou começando a sentir falta de sentimentos; com ele, é mais sexo mesmo. Antes, para mim, isso me bastava, mas, de repente, me dei conta de que preciso de mais.

Quando senti vontade dele, fui para a cama, abri os botões da blusa, baixei a calça, tirei a calcinha e comecei a me tocar. Depois, tirei toda a roupa, abri bem as pernas e imaginei-o me possuindo, quando, na verdade, meus dedos faziam o papel de seu falo rígido. Quando terminei, puxei o edredom e adormeci.

Mais à noite, talvez eu vá para uma casa GLS. Um amigo está fazendo aniversário e me convidou para ir, aliás, não é amigo, é amigA (às vezes essas coisas ainda me confundem, mas ele é mulher mesmo, e linda! Costumo brincar que se não soubesse que ela gosta de homens, eu a "pegaria" *risos*). Ele é o que chamam de "cross-dresser" (homens que se vestem/gostam de se vestir de mulher ou vice-versa). Por falar em "cross-dresser", lembrei de uma história do arco-da-velha...


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

De volta ao mundo real

Desliguei o despertador, me arrumei e a Anja nem se mexeu da cama. Passei a mão por seus cabelos e ela resmungou, deixei-a como estava. Escrevi um bilhete e deixei em cima do criado-mudo. Eu precisava ir para o trabalho. Tinha uma reunião "importantíssima" (esses negócios "importantíssimos" estão começando a me entediar - assim que puder, largo tudo que estou fazendo e começo qualquer outra coisa que faça mais sentido).

Pensei em passar na floricultura da Anja (ela tem uma floricultura, vive no meio das flores e também gosta de mim, que sou violeta ;-) para tentar explicar aos seus funcionários que ela não iria trabalhar hoje por problemas pessoais, mas achei que não devia. Então, não fiz. Ela saberia o que fazer depois.

Deixei uma cópia da chave do apartamento sobre o bilhete e saí. Fui até a padaria da esquina tomar um suco e comer um pão na chapa antes de ir para o trabalho.

Na hora do almoço, liguei para casa. E depois para o celular da Anja. Ela estava na casa do Dr. Fritz. Pela voz dela, as coisas pareciam estar melhorando. Fiquei um pouco mais tranqüila. Mas ainda sinto que devo conversar direito com ela. Saber o que ela sente a respeito de tudo e talvez ajudá-la a ver o que é melhor para ela nesse momento. Às vezes a crueza do amor me choca. Como é possível ela amar tanto alguém que a deixa em frangalhos? "É só o amor que conhece o que é verdade", já cantava algum poeta. Então tudo bem, eu não vou discutir. Mas se fosse comigo, ah... se fosse comigo! Eu diria: "Sinto muito, mas não estou conseguindo te ajudar, aliás, nem mesmo você consegue se ajudar. Estou caindo fora. Estou cansada. Tchau". Mas a Anja. Ah... ela é um anjo!


Anja, F. e Dr. Fritz

Hoje, lá pelas 17h, meu celular tocou, escandalosamente. Eu estava no banho e o celular, em cima da pia do banheiro. Me enxuguei um pouco (será que atender o celular debaixo do chuveiro dá choque?) e estiquei o braço para pegar o celular. Era a Anja. Eu a chamo assim porque nos conhecemos num momento em que eu não estava muito bem, na verdade, NADA bem. Um dia eu conto essa história.

Ela pediu para que eu fosse vê-la na casa de um amigo do marido dela, falava e chorava ao mesmo tempo. Eu não entendia nada e comecei a me desesperar. Eu perguntava o que era e ela só chorava, chorava... terminei o banho e fui até o endereço que ela tinha me dado. Era uma casa discreta, num bairro discreto da cidade. Tudo arborizado e silencioso. Senti um pouco de medo... mas fui em frente e toquei a campainha. Um cara veio me atender, me conduziu até a sala, em silêncio. Tinha uma fisionomia preocupada. A Anja, logo que me viu, pulou no meu pescoço, trêmula e chorosa. Eu a abracei e perguntei o que estava acontecendo.

O cara que até então estava quieto, começou a explicar que o F., marido da Anja, quase morrera de overdose havia alguns minutos. Nos sentamos no sofá e, enquanto eu segurava a mão da Anja, ele começou a explicar sobre os efeitos da cocaína. Perguntei, ingenuamente, se ele também usava drogas (para saber tudo aquilo que estava dizendo...) e ele disse que não, que era médico e que havia estudado alguns anos com o F., até ele largar a faculdade, provavelmente por causa das drogas. Depois de um tempo, eu não conseguia mais prestar atenção ao que ele falava. Eu só queria sair dali e levar a Anja e ouvir o que ela tinha pra me dizer.

Trouxe a Anja comigo e o F. ficou na casa do "Dr. Fritz" (porque ele falava como se estivesse recebendo alguma entidade, tinha um certo sotaque que não consegui identificar).

A Anja tinha comentado algo sobre isso, que o F. usava drogas, antes de se casar. Depois do casamento, nos encontramos várias vezes, mas sempre que eu perguntava dele, ela dizia que ele estava bem (e, realmente, sempre que eu o via, ele parecia estar bem). De certa forma, achei que ele tivesse parado de se drogar por amor a ela. Ela merece esforços bem maiores que esse, aliás. É uma pessoa maravilhosa e que não mede esforços para fazer o bem para quem quer que seja. Até hoje não entendo muito bem por que ela quis se casar com ele. Talvez tenha sentido que a missão dela era essa: salvar o cara do caminho das trevas e se lançou de corpo e alma na cruzada.

Chegamos em casa, a Anja estava calada e eu respeitei seu silêncio. Tinha um pouco de sangue e baba (?) na roupa. Entrei no banho com ela. Lavei seu cabelo, ensaboei o seu corpo, na expectativa de que sua alma também saísse dali um pouco mais limpa. Ela tentou me beijar, dei um selinho nela, e continuei ensaboando-a. Nos enxugamos, passei um creme suave em seu corpo, enquanto ia massageando seus músculos ainda tensos. Dei uma camiseta velha pra ela vestir e sequei seu cabelo. O Dr. Fritz me deu uns comprimidos de Valium, caso fosse necessário, mas achei que um chá de camomila seria melhor.

Depois do chá, fiz com que ela se deitasse para dormir um pouco. Ela pediu para que eu ficasse na cama com ela até ela pegar no sono. Deitei ao seu lado e ficamos em silêncio. Parecia mais calma agora. De repente, me abraçou, retribuí o abraço e senti suas pernas se enroscando nas minhas, embaixo dos vários cobertores e edredom. Tentei me desvencilhar dela com delicadeza, e ela me perguntou se eu não gostava mais dela. Ora, que pergunta! Claro que eu gostava dela! Só que aquele não era o momento para fazermos o que ela queria que fizéssemos. Não queria me aproveitar da fragilidade dela, não queria nada, só queria que ela ficasse bem, que fosse forte nesse momento.

Vendo-a triste, não resisti. Beijei-a demoradamente, enquanto minhas mãos passeavam por suas costas, cabelos e pernas. Depois de alguns minutos, ela pareceu sonolenta (efeito do chá de camomila!) e fiquei acariciando seu cabelo até que algum sonho a levasse para um outro mundo. Como antigamente.


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Uma moeda pelo pensamento dela!

Uma moeda de ouro pelo pensamento dela no momento em que nos cruzamos no corredor da faculdade hoje. Ela estava vestida de "profª drª L.", muito séria e concentrada.

O P. não gosta muito de falar sobre ela. Uma vez ele comentou algo do tipo: "Não falo de uma dama quando estou com outra". Que bobo. Eu adoro quando ele fala dela. Sou patética. E pecadora. Cobiço a esposa dele.

Ainda não consegui me entender muito bem. Talvez, inconscientemente, meu "lado masculino" (partindo do pressuposto de que todos temos um "lado feminino" e um "lado masculino") esteja disputando a mão da dama em questão. Talvez, inconscientemente, quero provar que sou muito "melhor" que ele, que eu a trataria muito melhor, em todos os sentidos e posições. :-P E, também, porque seria excitante tocar o corpo que o P. toca todas as noites, corromper a boca que está sempre à disposição dele, beijar o ventre onde ele plantou um filho, fazê-la gozar prazeres nunca sentidos.

Daria tudo para me cobrir com a pele de pétalas da L. Só por esta noite.


quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Programando o futuro e vivendo o presente

Lá pelo meio da tarde, quando eu estava no trabalho, o P. me mandou uma mensagem no celular: "dp olhe e-mail". Já me acostumei com essas mensagens impessoais dele. E, assim que pude, abri minha caixa de e-mails para ver qual era o plano dele (ele sempre tem uns planos mirabolantes para despistar a L. e me encontrar em algum lugar).

Dizia ele, no e-mail, que a L. vai viajar para a casa da mãe dela, com o filho, no último fim de semana do mês e, então, poderíamos viajar em "lua de mel" (?? - foi esse mesmo o termo que ele usou... homens são patéticos, não?) para algum lugar "gostosinho". Sim, claro, por que não?

Às vezes me pergunto se a L. não desconfia nem um pouquinho do marido que tem ou se faz que não vê ou se, como ele, também tem vários amantes. De qualquer forma, é uma pessoa muito reservada e não consigo imaginá-la com mil amantes. No íntimo acho que, mais dia, menos dia, ainda vou ficar íntima dela. Mesmo se não rolasse sexo, eu já ficaria feliz em saber um pouco mais sobre ela.

Voltando ao assunto em pauta, respondi o e-mail na hora, fiquei empolgada com a viagem. Se der certo, será a minha primeira viagem com ele. Acho que vai ser bom, ele é uma ótima companhia.

No intervalo da faculdade, o E. me ligou. Perguntou se eu não queria sair com ele hoje, me falou sobre uma festa não sei onde, de um parente dele. Fui sincera e disse que não queria. Estava cansada, só queria voltar pra casa, tomar um bom banho e continuar lendo "A história de O". O E. é uma pessoa muito bacana que uma amiga apresentou há alguns anos e com quem fiquei por alguns meses, mas tudo acabou há um bom tempo. Essa amiga diz que ele é "apaixonado" por mim (será mesmo?), mas como ele nunca me disse nada, deduzo que ela esteja querendo que fiquemos juntos - pelo menos não fico sozinha (ela acha que preciso arranjar um namorado, sair, ir pras baladas, etc.). Bom, eu penso que se for para ficar com alguém, esse alguém tem que valer a pena. Não é característica minha ficar com alguém só para não me sentir sozinha. O E. é uma pessoa legal, mas sinto que nossa conversa não flui. E eu preciso que meus amigos e amantes saibam manter uma conversa, no mínimo, interessante, além de trocarmos prazeres sensoriais. Prazeres sensoriais por prazeres sensoriais (apenas), seria mais fácil pagar uma puta (ou um puto) e pronto... mas eu preciso de mais, eu quero mais.

Lembrei de uma história hilária que aconteceu comigo e com o E. uma vez. Estávamos brincando de "sadomasoquismo" num motel. Ele até tinha comprado algemas, chicotinho, máscaras, entre outros acessórios. Aí, na empolgação, prendi uma argola da algema no pulso dele e outra numa barra de ferro de pendurar a toalha, no banheiro e, depois de termos brincado bastante, fiz com que ele me implorasse para tirar a algema dele e, se eu o soltasse, ele me concederia favores sexuais. Fui procurar pela chave dentro da mala dele e não encontrei. Tive de me vestir e ir procurar a chave das algemas no carro dele- dentro porta-luva? não; no porta-mala? também não; em todos os vãos do soalho do carro? Em vão. Até hoje não sei se o P. perdeu a chave ou se o vendedor da sexshop esqueceu de incluir a chave no pacote/sacola de compra. Não sei. Só sei que nem eu nem ele conseguia abrir a argola da algema (não sei se era uma algema verdadeira, usada por policiais mesmo, só sei que prendia de verdade!) e eu falei que ia chamar alguém do motel para ajudar. Ele me implorou para que eu não fizesse isso. Constrangimento pouco é bobagem! Depois que consegui parar de rir, tive a brilhante idéia de buscar umas ferramentas em casa. Serrei um dos elos da corrente entre uma argola e outra e ele finalmente pôde se soltar da barra de ferro. Essa noite não foi das mais interessantes, sexualmente falando, porque, depois disso, eu nem tinha mais tesão para fazer muita coisa. Acabamos fazendo um sexo normalzinho e dormimos. Depois o E. teve que ir à casa de um amigo para que este o ajudasse a quebrar e tirar a argola do pulso dele. É por isso que, sempre que vejo algemas, toda essa história volta à tona e o sorriso é inevitável.

O-----O

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Do nascimento do blog

Um recém-amigo virtual me inspirou a escrever este blog, então vamos lá.

Estou num momento crítico, num momento de transição, em que tudo parece interessante e eu queria seguir por todos os caminhos ao mesmo tempo, mesmo que (ou por isso mesmo?) esses caminhos sejam todos imprudentes. Ninguém entenderá o que quero dizer, antes de ler o que tenho para contar.

Não sei por onde começar. Talvez pelo começo, mesmo sem saber exatamente como as minhas histórias começam. Às vezes eu não consigo me lembrar. Às vezes esqueço. Às vezes choro e sinto falta de algo que nem sei se existiu ou se imaginei.

Então eu prefiro começar pelo fim. Vou falar sobre hoje.

***
Fui encontrar o P. na hora do almoço. Desde que a M. nos viu no gabinete dele, temos evitado lugares próximos à faculdade, então marcamos o almoço num shopping meio afastado (entre o meu trabalho e a faculdade, onde estudo e ele dá aula, inclusive, para mim).

Nos encontramos na praça de alimentação e, depois de beijar meu rosto, me segurou uns segundos a mais em seu abraço e sussurrou: "Estou morrendo de tesão" e eu respondi: "Estou morrendo de fome! Também quero comer!", com um sorriso malicioso. E comemos (comida).

Vez ou outra, ele encostava as pernas dele nas minhas, embaixo da mesa, e me senti constrangida em desejá-lo ali, àquela hora.

Terminamos de comer e ele me puxou para umas escadas, acho que eram "escadas de emergência" que quase ninguém usa, porque o shopping tem escada rolante e elevador. Me deixei levar. Entre um lance de escada e outro, ele me encostou na parede (literalmente) e começou a me beijar e a me envolver como um polvo de dez mãos. Senti seu corpo contra o meu, seu membro roçar em minhas coxas protegidas somente pela meia calça (eu estava de saia e ele deu um jeito de levantá-la. O tesão era tanto que tive vontade de pedir para ele me comer ali mesmo. Alguns minutos depois, ouvimos passos e nos recompusemos. Dama e cavalheiro que somos na frente de estranhos. Fingimos que estávamos descendo as escadas tranqüilamente. A senhora obesa que vinha subindo sorriu para nós e nós sorrimos de volta. O P. quis que eu fosse até o carro dele, no estacionamento, para que eu o chupasse; convite tentador, mas eu decidi não ir porque da última vez que fizemos isso, o guardinha que cuida do estacionamento bateu no nosso vidro do carro e foi muito, muito constrangedor!

Ficamos de nos ver ainda essa semana para descarregarmos as energias. Apesar de não ser meu, o P. me faz bem. E talvez a L., esposa dele, me faria melhor ainda. :-P Mas essa história eu conto melhor outro dia.


Sumire quer dizer...



"violeta", em japonês.

Violeta, a cor e violeta, a flor.

Espero ser flor que me cheirem ;-)

Testando

1, 2, 3, testando...